Renascimento - EUA 3x0 Turquia; Brasil 3x0 Sérvia

Que dia longo para o vôlei feminino brasileiro. Dia que começou mal com China 3x2 Coreia, mas que teve um final feliz com a vitória dos EUA contra Turquia e do Brasil contra a Sérvia.

Apesar do 3x0, não gostei muito do desempenho da seleção brasileira. O saque foi irregular e a dificuldade em pontuar pelas pontas voltou a aparecer – mesmo que com menos intensidade. O time também perdeu boas oportunidades de marcar nos contra-ataques.  

O Brasil se valeu muito da fragilidade da Sérvia, um time literalmente aos pedaços, sem conjunto nem valores individuais que se sobressaiam. Brakocevicnão foi nem sombra da jogadora do ano passado.

Mas voltando ao Brasil, Fabiana e Thaisa foram reintroduzidas ao time pela Dani Lins. Foram elas que comandaram a vitória brasileira no ataque e no bloqueio, fundamento que fez a diferença na partida de hoje.

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Passado o susto e a tensão da fase de classificação, é hora de focar na Rússia. Na partida de hoje contra a Itália, as russas foram muito inconstantes, mas o melhor aproveitamento no ataque – comandado por Gamova e Goncharova –  prevaleceu.

A Itália compensou a dificuldade em pontuar com as ponteiras com um volume de jogo muito bom. A central Gioli foi a principal pontuadora italiana. E acredito que vai ser mais ou menos este o caminho que o Brasil vai ter que seguir no duelo de quartas.

A seleção tem a vantagem de ter um bloqueio mais alto que a Itália, mas também vai ter que defender muito para enfrentar a Rússia. Nossas jogadas com Fabiana e Thaísa vão ser fundamentais já que prevejo muitas dificuldades para Garay e Jaqueline. E não vai custar nada torcer para que Goncharova e Gamova tenham um mau dia.

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Preferia que o confronto nas quartas fosse a Itália (vejam só, não tinha certeza de classificação e já tava escolhendo adversário), pelo histórico e pela dificuldade que o Brasil tem em enfrentar as russas. Mas a Rússia não é nenhum bicho-papão, também tem seus altos e baixos durante as partidas e sofre contra equipes com volume de jogo.  

A seleção chega às quartas deixando ainda algumas dúvidas no ar, principalmente em relação a regularidade do saque e ataque. Mas o mais importante nesta pequena e atribulada trajetória brasileira nos Jogos, é que o Brasil deu a volta por cima e recuperou a confiança. Sem contar que já vive o clima de mata-mata há dois jogos, ou seja, está lidando bem com a pressão.

Como "acreditar" tem sido o verbo da seleção nesta Olimpíada, que assim seja: eu acredito no Brasil nas semi.

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